Quando colocamos em pauta o assunto “Criação ou Evolução”, o que estamos comparando, afinal? Para maior clareza, antes de discorrermos nessa polêmica, vamos enunciar as hipóteses que estamos comparando.
Revelação Fé Razão e Lógica. Será Possível?
Quando colocamos em pauta o assunto “Criação ou Evolução”, o que estamos comparando, afinal? Para maior clareza, antes de discorrermos nessa polêmica, vamos enunciar as hipóteses que estamos comparando.
Mas gostaria antes de deixar bem claro que: não tenho a mínima pretensão de defender a tese de que a criação foi realizada por um Deus com uma varinha mágica na mão: blim-blim e lá estava o universo, blim-blim e lá estava a terra, blim-blim e lá estavam o homem e as espécies e de blim-blim a blim-blim as coisas foram aparecendo, nada disso. A complexidade das estruturas da vida e do universo mostra que houve muita engenharia, muita inteligência, muita sabedoria, além de uma perfeita estruturação e planejamento no processo da criação. O Criador, tanto quanto podemos entender no sentido desta frase: “usou suas mãos, ou melhor usou o seu poder de manipular as leis e matérias que Ele mesmo criou , para daí criar o homem”, isto do pó da terra, significando que utilizou os elementos que Ele disponibilizou no planeta.
A descritiva bíblica da criação mostra o Criador estabelecendo e estabilizando a terra tirando-a do caos. Em seguida, criou os vegetais. Logo depois, estabeleceu a vida marinha. Posteriormente vieram as aves e os répteis, dentro da sequência, criou os animais terrestres, e finalmente “formou” o homem do pó da terra. Após o homem estar formado, assoprou em suas narinas dando-lhe o espírito e gerando uma alma que passou a habitar o corpo.
Se fosse Deus descrever todas as equações, reações químicas necessárias para esses eventos, nem um milhão de livros seriam suficientes. Assim, quem quiser entender um pouco mais da descritiva bíblica precisa mesmo ir além, e absorver em primeiro lugar o seu propósito e simplicidade de sua descrição.
Outra afirmação bíblica bem forte é que o Criador criou os seres viventes cada um segundo a sua espécie, em uma enorme variedade de vida, seja em forma ou em tipos.
Simplificando ao máximo o enunciado das hipóteses teremos:
Hipótese 1 – Criação: A vida é o resultado de um “projeto inteligente e planejado de Deus”, que depois de criar o universo espaço-tempo e o planeta apropriado, interagiu com os elementos presentes na terra criando as espécies, com uma enorme variedade, desde o mais simples organismo até o nível de vida extremamente complexo e racional do ser humano.
Hipótese 2 – Teoria da Evolução: A vida é o resultado de “interações aleatórias” dos elementos presentes na terra gerando as espécies que evoluem e se multiplicam através de mutações genéticas e da seleção natural, desde o mais simples organismo até o nível de vida extremamente complexo e racional do ser humano. É importante observar que: não há “volição” por trás desse processo aleatório.
A grande controvérsia entre essas duas hipóteses, a meu ver, permanece no fato de excluir a Deus, e atribuir a processos não volitivos, não planejados e não inteligentes, a todo o processo de surgimento da vida e das espécies.
Vamos avaliar a questão em relação a três aspectos:
1- Questão da probabilidade
2- Questão da extrapolação
3- Questão da unicidade
Questão 1: A Probabilidade
É preciso voltar ao início e refletir sobre a origem da vida. Apesar de não ser ainda compreendida cientificamente, a vida surgiu e se desenvolveu! Mas como?
Considerando que, se não existe nenhuma manipulação inteligente dos elementos presentes no planeta, para que a vida ocorra, então eles dependem única e exclusivamente de que uma série de eventos aconteça aleatoriamente. Esses eventos seriam causados exclusivamente pelas leis físicas, porém sem direcionamento para um propósito, pois nessa hipótese não existe volição (Ato pelo qual a vontade toma uma determinação). Isso equivale a dizer o seguinte: os elementos certos se encontram, se combinam, e se desenvolvem da maneira certa para causar o resultado que observamos – a vida. Devemos, portanto, nesse caso, considerar as probabilidades de ocorrer cada evento e a sequência necessária deles, sem esquecer dos processos que seriam necessários para levar ao resultado.
Entretanto, estamos longe de conhecer todos os processos, os conjuntos de “eventos raros”, e sua sequência para que os elementos se combinem e a vida seja gerada, organizada e mantida. Menos ainda, não conhecemos completamente as combinações dos processos e “eventos raros” necessários para organizar, manter e evoluir a vida até a complexidade atual, o homem racional. Uma coisa é certa: será necessária uma infinidade de eventos para gerar um elemento complexo de vida. Ainda mais, essa vida complexa, passa a ser capaz de se identificar através do genoma e se reproduzir gerando semelhantes.
Para entender essa complexidade, pense na sequência de ações e tarefas necessárias para montar corretamente um relógio suíço, que mesmo sem chegar nem de perto da complexidade da vida humana, vai requerer milhares de operações, cada uma na ordem certa e com a engrenagem ou peça correta para tornar possível sua construção e que opere da maneira desejada. Montar a vida não seria mais fácil do que montar um relógio suíço, de jeito nenhum. Argumenta-se que alguns milhões de anos, permitem tal complexidade acontecer, vamos ver se tal premissa é verdadeira.
Um “evento raro” equivale àquele que é produzido por um conjunto de coisas improváveis, tendo, portanto, baixíssima probabilidade de ocorrer. Observe que se um “evento raro” faz parte do processo para geração de vida, a ocorrência de dois “eventos raros” será ordens de grandeza ainda mais rara. Por exemplo, sabemos ser altamente improvável a chance de você escolher aleatoriamente seis números e ganhar na sena (1/50.000.000 ou uma chance em 50 milhões). Tal condição é demonstrada no fato de centenas de milhões de jogos serem feitos a cada semana, porém apenas um ou mais raramente dois ganham, mesmo assim muitas semanas passam sem haver ganhadores. Agora, a probabilidade de você ganhar duas vezes na sena, seguidamente, pode ser considerado um “evento raro” (1/2.500.000.000.000.000 ou uma chance em dois e meio quatrilhões). Considere a hipótese de que você precisasse ganhar na sena mil vezes seguidamente. Isso seria extremamente raro ou improvável, mesmo que você jogasse quatrilhões de vezes. Pois bem, referimos a esse tipo de probabilidade quando acreditamos na estruturação da vida como algo resultante de combinações aleatórias, ou melhor não planejadas. Mesmo se considerarmos todo o período de existência do universo, que é calculado em de treze bilhões e setecentos milhões de anos, ainda teríamos probabilidades calculadas praticamente zero de isso acontecer.
Considere também o fato de o ser humano ser uma Máquina e Tanto” e não apresentar nada de simples. As características de um ser humano estão gravadas no genoma o qual possui cerca de 46 cromossomos e ao redor de trinta mil genes sequenciados numa molécula extremamente complexa – o DNA que compõe o mesmo. Além disso, o fenômeno através do qual duas células se juntam e formam um ser humano segue uma sequência de processos bastante complexa. Por isso com toda a ciência que temos, até hoje, não o deciframos totalmente.
Partir de átomos e moléculas, gerando um elemento bastante primário de vida, e atingir a complexidade de um ser humano iriam requer não poucas oportunidades, eventos e, processos complexos através dos quais os elementos químicos disponíveis no planeta se combinariam para gerar um resultado maravilhoso que é a vida complexa.
O absurdo matemático!
Para que você possa entender o absurdo estatístico sobre o qual estamos falando, vamos tomar um exemplo de uma tarefa “bem mais simples” e tentar ver a exequibilidade da mesma no universo sem volição:
– Pegue 40 dados
– Cada dado com seis faces apenas
– Lance os dados para o alto
Pergunta: Qual será a possibilidade de os dados caírem todos com uma determinada face, que escolhemos de antemão, para cima?
Bem simples não é? Até uma criança entende esse processo, pois bem vamos calcular com base nas seguintes suposições:
1- Os dados são perfeitamente balanceados e uniformes.
2- Para facilitar as coisas, vamos considerar que, a cada segundo do nosso tempo, conseguimos lançá-los e observá-los um milhão de vezes, isto é, cada evento dura apenas um microssegundo (0,000001 do segundo).
Colocamos no gráfico abaixo, com a escala de tempo logarítmica, para conter toda a faixa de tempo, o cálculo estatístico, com o objetivo de mostrar que até cerca de vinte trilhões de anos jogando, a possibilidade de alcançarmos o resultado esperado é praticamente zero. Observe o universo, o qual tem apenas cerca de treze bilhões e setecentos milhões de anos de existência; portanto, ordens de grandeza abaixo do mencionado acima, enquanto a idade da terra é calculada em cerca de quatro e meio bilhões de anos. Seria um absurdo imaginar que eventos mais, mais, e muito mais complexos do esses acontecessem por acaso, chega ser uma alienação.
Por favor, entenda isso apenas como uma base de comparação de referência, o quebra-cabeça da vida, a meu ver, seria muito mais complexo.
“Por favor, entenda isso apenas como uma base de comparação de referência, o quebra-cabeça da vida, a meu ver, seria muito mais complexo.”
É lógico, que esses números mencionados são apenas para avaliar o absurdo estabelecido ao assumir que a criação seja resultado de interações sem direcionamento volitivo. A complexidade da criação e interrelação entre o meio e a vida são tão complexas que nem mesmo em uma duração de tempo infinito poderia se transformar em realidade, se para isso dependesse de eventos sem inteligência, planejamento ou projeto!
A complexidade do corpo humano
Para entender a complexidade da vida hospedada pelo corpo humano, basta analisar a forma como ele trabalha e processa tudo ao seu redor. O corpo humano é formado por inúmeros órgãos e sistemas, os quais interagem entre si harmonicamente. Cada órgão com a sua complexidade e função.
Podemos ressaltar o cérebro, com mais de cem bilhões de neurônios, onde cada um por si só constitui uma unidade de processamento. Esse conjunto constitui o mais poderoso processador de informações existente, embora ainda esteja longe de ser compreendido pela ciência, dado a sua complexidade. Esse órgão processa de forma surpreendente bilhões de informações dos cinco sentidos, transformando-as em sinais codificados. Tais sinais são registrados na memória e correlacionados, dando sentido às informações armazenadas e ao aprendizado. O cérebro também processa as informações do labirinto, mantendo o equilíbrio do corpo. Esse órgão complexo, é também capaz de aprender e se desenvolver através das informações armazenadas e das experiências.
O sistema sensorial composto pelos cincos sentidos – visão, audição, tato, paladar, olfato – são concebidos para permitir-nos interagir e entender o meio em que vivemos. Tais sentidos são dotados de milhões de sensores altamente especializados, capazes e complexos. Por exemplo, a visão possui um conjunto de lentes adaptáveis, com a as quais focaliza e projeta os raios de luz na retina, onde estão milhões de células fotossensíveis que nos permitem detectar a luz e as cores. Pois bem, esses sensores são ligados ao cérebro por meio do nervo ótico que conduz as informações detectadas a com a finalidade de serem armazenadas pelo cérebro. O cérebro interpreta os dados e as correlaciona com as informações dos outros sentidos. Para que o olho possa funcionar, o corpo humano lhe proporciona proteção, lubrificação através da lágrima. Além disso, há também os músculos e nervos que o movimentam e o ajustam. Os outros sentidos com seus sensores funcionam, igualmente, de uma forma maravilhosa e complexa, gerando informações codificadas que o cérebro armazena e correlaciona.
O coração se assemelha a uma máquina poderosa cuja função é fazer sangue circular pelo corpo durante toda a vida humana. O sistema circulatório conduz o sangue com o oxigênio e o combustível a todas as células do corpo. Esse processo as mantém vivas, permitindo as reações que irão produzir energia para nos movermos e vivermos. Todo esse sistema é mantido a uma temperatura constante em torno de 36 graus centígrados por um sistema de controle de temperatura.
A energia da qual vivemos de onde vem? Através sistema digestório. Desse aparelho fazem parte o estômago e intestino, que processam os alimentos disponíveis no nosso planeta. Comemos uma banana, uma batata e esses alimentos no nosso estomago e intestino são processados, sendo, extraídos os elementos energéticos e outros componentes por meio dos quais alimentam e mantém o corpo. Nesse processo, milhares de reações químicas acontecem constantemente para manter a vida, produzir energia, restaurar as feridas, movimentar-se e exercer todas as funções do corpo humano.
Poderíamos continuar falando, muito tempo ainda, da maravilhosa criação que é o corpo humano. Porém a forma como ele se reproduz parece-me ainda mais fantástica. Cada corpo produz uma célula que contém as informações genéticas de si mesmo, as quais, unidas à célula de outro (óvulo e espermatozoide) iniciam um processo de multiplicação altamente ordenada produzindo bilhões de outras células na quantidade, tipo e ordem necessários para formar todos os órgãos e sistemas de outro ser humano.
Se isto é uma descrição extremamente reduzida, imagine o que seria descrever toda a complexidade do corpo humano? Como pois imaginar que tudo isso foi resultado de uma série de reações e encontros estocásticos dos elementos químicos finalizando nessa complexidade e harmonia?
Analisando um pouco mais
Se entendermos que, para existir vida, é preciso primeiro, haver condições ambientais adequadas, sejam quais forem, já ficaremos limitados em relação aos planetas onde ocorreria a possibilidade de haver de vida. Apesar de muitas pessoas se impressionarem com a quantidade presumida de planetas no universo, ela é desprezível comparada à nulidade da probabilidade associada aos eventos necessários para que a vida acontecesse e se desenvolvesse até a complexidade atual.
Se agora juntarmos a sequência de eventos e condições que formam o processo de vida e a fazem evoluir – isso deve sugerir milhões ou bilhões de eventos raros – ficaremos com valores probabilísticos infinitamente pequenos e, mesmo multiplicando pela quantidade de planetas onde seria possível haver vida, teremos ainda probabilidade infinitamente minúscula de geração de vida, até mesmo na terra. Mesmo contando todo o período de existência viável de um planeta. Observe também o fato de que o universo é finito e tudo que existe está, continuamente, se modificando. Nesse sentido, o tempo de existência de um planeta ou sistema solar é limitado. Os sistemas solares e planetas não possuem tempo infinito para gerar todos esses processos de vida aleatoriamente.
Chega a ser irracional acreditar na probabilidade de haver vida na forma tão complexa como ela existe sem que haja manipulação inteligente dos elementos. Deveríamos jogar fora a matemática para aceitar algo assim. Além disso, o que faríamos com a lei da “entropia”, onde as coisas tendem a se desorganizar para atingir o menor nível de energia possível, ao contrário de se organizar sistematicamente?
Quando calculam a probabilidade de vida no universo, se esquecem de contar os “eventos raros” necessários, ou pior, a sequência inumerável e organizada deles para que a vida acontecesse. Estão errando tanto que chega a ser irracional e anticientífico.
Questão 2: A Extrapolação
A extrapolação, que por definição, é: “Tirar conclusão com base em dados reduzidos ou limitados”, pode até ser utilizada na ciência, mas com muito critério e cuidados, pois, devido à limitação dos dados disponíveis pode levar a conclusões ou a valores divergentes.
Por exemplo, suponhamos que precisamos traçar uma curva a fim de representar o comportamento de uma grandeza física, mas temos apenas uma quantidade limitada de pontos medidos. Por mais eficaz que seja o método de cálculo, a curva resultante somente reproduzirá os efeitos com alguma precisão, nas proximidades dos pontos medidos. À medida que se afasta da medição os valores serão cada vez mais afastados da realidade, podendo levar a disparidades imensas.
Na teoria da Evolução, os dados disponíveis são muito limitados. A interrelação entre eles é questionável, pois não foram descobertas sequências contínuas de fósseis (ou eles não existem?) para criar o elo necessário. Assim, suas conclusões se baseiam em extrapolações longínquas de poucos fósseis disponíveis. Se considerarmos a variedade enorme de espécies existentes, por que esses fósseis, que muitos julgam ser prova da evolução, não poderiam tornar-se na verdade, espécies ou tipos diferentes? Mesmo que muito parecidas? Algumas delas podem ter se extinguido ao longo do tempo deixando para trás os seus fósseis e confundindo a mente de alguns.
Além disso, as experiências realizadas cobrem um período desprezível em relação ao suposto processo evolutivo. Fazer experiências com moscas e extrapolar para seres humanos seria razoável? Não poderia induzir a um erro de conclusão? Os estudos e comparação de semelhança dos fósseis antigos, realmente levam a conclusões precisas? O que se entende por “evolução”, ao comparar fósseis parecidos não poderiam ser duas espécies diferentes? O fato de que várias espécies se extinguiram ao longo do tempo deixando alguns raros fósseis, que hoje servem às conclusões através de extrapolações, não poderiam estar levando a conclusões divergentes da realidade da criação?
– Seleção Natural ou Adaptação da Espécie?
Cada espécie é caracterizada por seu genoma, impresso através do DNA. O código genético define a espécie dos seres vivos desde vegetais, insetos, animais até o ser humano. No entanto, “sem alterar a espécie”, temos inúmeras variações possíveis nas características. Por exemplo, a cor dos olhos, o formato dos olhos, o tipo de cabelo, a cor da pele e assim também variações que permitem aos seres vivos de uma mesma espécie se adaptarem melhor a uma situação do que outro da mesma espécie. Assim, não é, necessariamente, o meio que define a espécie, mas a espécie que escolhe o meio onde vive melhor – sem que para isso tenha que passar por mutação genética. Se a espécie não encontra o meio adequado ela vai se extinguir. O meio pode até extinguir espécies deixando as que são adequadas, mas não, necessariamente, produzir e se aproveitar de mutações benéficas para gerar uma espécie mais capaz. Isso seria sim, mais uma crença absurda na improvável sorte probabilística!
Tal condição, que para um ser da mesma espécie, pode ser um meio adverso e para outro membro da mesma espécie pode ser um meio adequado. Tudo isso, sem mutação genética, apenas com características melhores que são possíveis dentro da mesma espécie. Veja, por exemplo, a capacidade ou propensão de viver no frio ou no calor. Dentro da mesma espécie, encontraremos variações que permitem adaptação ao meio. Assim, quase todo o planeta pode ser habitado, pela mesma espécie: o ser humano e suas variações de raças e habilidades.
Se uma espécie não se adapta ela se extingue. Ou será que a sorte vai permitir que uma mutação providencial ocorra na hora certa, na forma e alteração que seja necessária para que tal nova espécie sobreviva a um determinado cenário, antes de se extinguir? O planeta é habitado por uma variedade imensa de espécies, e muitas delas já não existem mais, outras sobreviveram, mas nada garante que as que ainda existem, hoje, sejam realmente mutações das antigas, e não apenas àquelas que sobreviveram ao cenário ambiental?
Achar que o meio ou a condição adversa ou o processo de “seleção natural” tem condições de provocar ou mesmo selecionar mutações genéticas para que espécies que sobrevivam ao meio tornando-se mais capazes é mesmo mais uma “furada estatística”. Pois considerando que nada foi planejado, só ficaremos com as possibilidades de eventos que levariam a tais mutações sem nenhum controle ou propósito. Ainda para piorar a questão, achar que tal mutação que venha a ocorrer seja exatamente aquela que permita uma adaptação melhor ao meio ambiente resultante de uma situação ocorrente é requerer demasiado da sorte. Com certeza não poderemos contar com ela no mundo matemático.
Assim é muito provável que os pesquisadores da teoria da evolução errem demasiadamente nas suas extrapolações, as quais desconhecem totalmente as limitações ou mesmo impossibilidades estatísticas dos eventos que são a base de sua teoria.
Questão 3: A unicidade
É possível suportar, biologicamente, geograficamente, estatisticamente, historicamente, a afirmação de que toda a raça humana, habitando o planeta, veio de um só casal! Todos temos o mesmo traço da espécie em nosso genoma. Assim, toda a raça humana herdou e manteve as características genéticas desse casal primário, sem nenhuma alteração desde então.
Ora, isso é incrível, pois se o ser humano racional surgiu de mutações genéticas as quais tornaram o mesmo mais evoluído e capaz, somos forçados a considerar, por hipótese apenas, isto é , devemos admitir que a probabilidade de ocorrência de mutações genéticas favoráveis seja algo altamente provável, para que fosse viável. Nesse caso, considerando a diversidade de espécies, cujo número chega a milhões, onde existem no planeta muitas espécies com genoma tão complexo como o ser humano, pergunto: por que não temos também diversidade de seres racionais como nós porém provindos de espécies diferentes? Seria fácil provar diferentes origens para os habitantes do planeta, mas vemos justo o contrário, nossa cadeia ascendente nos leva a um único casal.
Essa situação prova mais a veracidade da Bíblia do que a da teoria da evolução, onde cada espécie foi “projetada” conforme a sua espécie:
Gn 1:21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
Além da descritiva de Gênesis, a Bíblia falando da fidelidade do casal reafirma que todos vieram de um só:
Ml 2:15 E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejasse espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
Para entender melhor a Bíblia, quando ela fala da criação, considere os seguintes comentários:
1- Ao descrever a criação, o que foi feito, comprovadamente, antes de todo o conhecimento científico que temos hoje, a Bíblia apresenta o ponto de vista de um observador na superfície da terra descrevendo toda uma sequência de estabilização do planeta e a geração das espécies, numa ordem perfeitamente aderente às descobertas científicas.
2- As sequências descritas como tarde e manhãs do dia, pretendem organizar a sequência descritiva em etapas e, não estabelecer dias de 24 horas como conhecemos hoje para a criação.
3- A Bíblia descreve a civilização e seu desenvolvimento ao longo de seis mil anos com base nas datas extraídas das genealogias, as quais contam a partir do primeiro homem, ” imagem e semelhança de Deus”. A criação do universo e da terra e a duração de todos os processos de geração não podem ser inferidas daí, podendo ser muito maiores.
Em relação à civilização, não temos a pretensão, nem precisamos, achar que calculamos precisamente o ciclo da mesma, mas de todo o modo a arqueologia mostra que a civilização é fortemente evidenciada num ciclo de seis a dez mil anos, portanto, coerente com a faixa da descritiva bíblica, conforme o gráfico abaixo:
No gráfico abaixo, na escala horizontal o número 1(um) representa a atualidade. A escala segue logarítmica, 10 anos atrás, 100 anos atrás, …. até 100.000 anos atrás. Onde podemos escolher a faixa de 6000 a 10000 anos atrás como origem da racionalidade. A escala tecnológica vertical são apenas números representativos, a curva vermelha mostra a população em milhões.
“O avanço tecnológico é um indicador da existência de racionalidade, portanto o ciclo desse pode ser também, um indicador da existência do homem racional na terra, como o conhecemos hoje. Se o mesmo genoma estivesse presente na terra há muito mais tempo, porque o desenvolvimento tecnológico só desabrochou nos últimos seis a dez mil anos?”
O avanço tecnológico é um indicador da existência de racionalidade, portanto o ciclo desse pode ser também, um indicador da existência do homem racional na terra, como o conhecemos hoje. Se o mesmo genoma estivesse presente na terra há muito mais tempo, porque o desenvolvimento tecnológico só desabrochou nos últimos seis a dez mil anos?
Assim para concluir, quero apresentar três coisas me deixam realmente perplexo em relação aos defensores da teoria da evolução:
1- Não é o fato de procurarem descobrir como a vida chegou ao estágio atual, mas de veementemente procurar excluir Deus do processo da criação, optando por “processos sem volição” para geração de vida . Matematicamente, biologicamente, fisicamente, isso não é viável.
2- Considerar a teoria da evolução como “Fato”, não obstante o próprio nome indicar que ainda é uma teoria, e portanto, apenas uma possibilidade do “Fato”, assim não é ainda uma conclusão do “Fato” até ser indubitavelmente comprovada. O que ainda não ocorreu.
3- Ao excluir Deus da origem, passam a depender de eventos e processos sem inteligência, sem planejamento que acontecem de forma aleatória ao longo de pouquíssimos milhões de anos. Assim, seriam concebidos irracionalmente todos os eventos e processos necessários para que a vida seja estruturada de forma complexa como ela é. Na verdade, estatisticamente, nem mesmo dezenas de trilhões de anos tornariam isso provável. O universo não dura todo esse tempo, na verdade, nem uma casquinha desse tempo. Portanto, a base de sua teoria, se firma em processos estatisticamente improváveis, mesmo ao longo de toda a duração do universo.
Mas se ainda quiserem afirmar que o universo é propenso à vida, ou induz a vida por si mesmo, aí já estamos falando de um “projeto” altamente racional não de “processos irracionais” conforme a teoria da evolução. Nesse caso, o “projeto” por si só será a maior evidência do Deus Eterno e Criador.
2 respostas
Matavilhoso! Meu sonho é que os defensores do absurdo da evoução lesse este texto.
O meu também!