EXISTE VIDA EM OUTROS PLANETAS?

A resposta para a questão pode ser tratada de forma diferente dependendo das hipóteses

Revelação Fé Razão e Lógica. Será Possível?

Por Janio Louback

A resposta para a questão pode ser tratada de forma diferente dependendo das hipóteses:

 

1) O Universo e a Vida foram criados por Deus

 

“ou”

 

2) O Universo e a Vida são resultados de eventos estatísticos sem iniciativa inteligente

 

Vamos, portanto, analisar as duas hipóteses, porém somos compelidos que entender que a estrutura da vida não é simples.

 

Se a forma como a vida se sustenta e se propaga já é extremamente complexa, a sua geração e organização é ainda muito mais complexa.

 

1) O Universo e a Vida foram criados por Deus

 

Na primeira hipótese, não precisamos nos preocupar com a probabilidade de geração de vida. Pois ela é produzida por Deus pela sua vontade manipulando os elementos que Ele mesmo criou, na forma e propósito para o qual foram criados.

 

A questão aqui é se Deus quis ou não criar vida em outros planetas além da terra. Não existe uma revelação clara para nós sobre esse assunto, se Deus assim o fez, ele mantém o fato como algo não revelado, pois no momento não é de suma importância ou mesmo relevante para raça humana saber disso ou não. Portanto, não há evidência nenhuma de revelação sobre a existência de vida em outros planetas nem da não existência deles, na Palavra de Deus.

 

Assim, por outro lado, não podemos afirmar categoricamente que não existe vida em outros planetas, pois não conhecemos ainda todos os mistérios de Deus. Se Deus pode criar vida na terra pode criar vida onde ele quiser e como quiser. Sabemos que Deus criou os céus repletos de vida e povoados por incontáveis anjos, que são seres espirituais. Certamente essa realidade, sim, é revelada porque é muito relevante para nós e esses seres espirituais interagem conosco, apesar de não os vermos.

 

Uma coisa é certa: não existe contato entre civilizações fora do planeta.

 

Considerando a própria dimensão do universo, viajar de uma estrela com um sistema habitado à outra demandaria tanto tempo e energia que mesmo se os meios de transporte evoluíssem muito, tal extensão constituiria uma barreira intransponível. Mesmo a comunicação por ondas eletromagnéticas estaria limitadas a uma certa distância, porquanto para atravessar o universo precisariam de uma fonte com potência altíssima, a qual consumiria um planeta para ser gerada. Observe que a luz – energia eletromagnética – de uma estrela vista por nós, é produzida por uma energia colossal gerada por reações e fusões nucleares, equivalentes a milhares de bombas atômicas. Essa energia, para chegar até aqui, já viajou milhares ou milhões de anos. Apenas uma parcela ínfima desta energia, enfraquecida ao extremo, pela dispersão na imensidão das distâncias astronômicas, pode ser observada. Além disso, das estrelas que vemos muitas podem não existir mais.

 

Além disso, como duas civilizações podem se comunicar com milhares de anos luz de “time-lag”(atraso)? Alguns levantam a hipótese de haver civilizações muito mais adiantadas que nós e com tecnologia mais avançada as quais poderiam vencer essas barreiras. Desculpe desiludi-los, mas mesmo com tecnologias extremamente mais avançadas estariam todos sujeitos às mesmas limitações, uma vez que habitamos o mesmo universo e compartilhamos as mesmas leis da física, como, por exemplo, a “velocidade da luz”.

 

Se Deus criou várias civilizações foi para que existissem independentes uma das outras, e as separou pela barreira da imensidão do universo.

 

2) O Universo e a Vida são resultados de eventos estatísticos sem iniciativa inteligente

 

Na segunda hipótese, a análise é bem diferente. Como não existe nenhuma evidência concreta de vida ou civilização em outro lugar do universo, exceto na terra e, consequentemente, não é possível provar, deveríamos apelar para o cálculo da probabilidade de haver vida no universo em outro planeta. Mas como calcular tal probabilidade?

 

Frank Drake tentou equacionar e calcular o número provável de civilizações com as quais poderíamos fazer contato, como mostrado abaixo.

 

A equação de Drake enuncia que:

 

formula de Drake

 

Onde, e segundo as suas estimativas:

 

N – número de civilizações na nossa galáxia com as quais poderá ser possível contactar;

 

R* – taxa média de formação de estrelas na nossa galáxia – 10;

 

fp – fracção dessas estrelas que possuem planetas – 0,5;

 

ne – número médio de planetas que podem conter vida/por estrela com planetas – 2;

 

fl – fracção de ne que atualmente possui vida – 1;

 

fi – fracção de fl que atualmente possui vida inteligente – 0,01;

 

fc – fracção de fc que possui tecnologia que emite sinais da sua existência para o espaço – 0,01;

 

L – há quanto tempo essas civilizações emitem sinais detectáveis para o espaço – 10.000.

 

Assim: N = 10 × 0,5 × 2 × 1 × 0,01 × 0,01 × 10.000 = 10

 

 

“O grande problema da fórmula acima, sem querer questionar os outros parâmetros são os coeficientes: ne, fl, fi.”

O grande problema da fórmula acima, sem querer questionar os outros parâmetros são os coeficientes: ne, fl, fi.

Ele esqueceu de considerar a probabilidade de que os processos estocásticos levem ao desenvolvimento de vida inteligente. Como mostramos no artigo “Criação ou Evolução” tal probabilidade reduziria a fórmula de Drake a “zero”.

Estamos longe de conhecer todos os processos, conjuntos de “eventos raros” e sua sequência, através dos quais os elementos se combinem e a vida seja gerada, organizada e mantida. E menos ainda, as combinações dos processos e “eventos raros” para organizar, manter e evoluir a vida até a inteligência.

Um “evento raro” constitui aquele que é produzido por um conjunto de coisas improváveis, tendo, portanto, baixíssima probabilidade de ocorrer. Observe que se um “evento raro” faz parte do processo para geração de vida, a ocorrência de dois “eventos raros” será ordens de grandeza mais raro. Por exemplo, sabemos ser altamente improvável a possibilidade de você escolher aleatoriamente seis números e ganhar na sena (1/50.000.000 ou uma chance em 50 milhões). Tal condição se torna evidente no fato de centenas de milhões de jogos serem feitos a cada semana, porém apenas um ou mais raramente dois ganham, mesmo assim muitas semanas passam sem haver ganhadores. Agora, a probabilidade de você ganhar duas vezes na sena, seguidamente, pode ser considerado um “evento raro” (1/2.500.000.000.000.000 ou uma chance em dois e meio quadrilhões). Considere a hipótese de que você precisasse ganhar na sena mil vezes seguidamente. Isso seria extremamente raro ou improvável, mesmo que você jogasse bilhões de vezes. Pois bem, referimos a esse tipo de probabilidade quando acreditamos na origem da vida como algo resultante de combinações aleatórias, ou melhor, não planejadas. Mesmo se considerarmos todo o período de existência do universo, que é calculado em de treze bilhões e setecentos milhões de anos, ainda teríamos probabilidades calculadas praticamente zero de isso acontecer.

Se considerássemos o fato de que para existir vida, seria imprescindível a presença de condições ambientais adequadas, sejam quais forem, já ficaríamos limitados a míseros milhões ou bilhões (em comparação às probabilidades envolvidas) de planetas com tal possibilidade. Apesar de muitas pessoas se impressionarem com essa suposta quantidade de planetas no universo, ela é desprezível comparada à pequenez da probabilidade de geração de vida.

Isso porque, se juntássemos a sequência de eventos e condições que formam o processo de vida e a fazem evoluir, as quais devem ser de milhões ou bilhões de “eventos raros”, ficaríamos com valores probabilísticos infinitamente pequenos e mesmo multiplicando pelos milhões ou bilhões de planetas possíveis teríamos ainda probabilidade infinitamente pequena de haver vida também na terra, mesmo contando todo o período de existência viável de um planeta. Observe, igualmente, que o universo é finito e tudo que existe nele está continuamente se modificando. Nesse sentido, o tempo de existência de um planeta ou sistema solar é limitado. Os sistemas solares e planetas não teriam tempo infinito para gerar todos os eventos e processos necessários à existência de vida.

Chega a ser irracional acreditar na probabilidade de haver vida na forma tão complexa como ela existe. O natural no nosso universo não seria o aumento da grandeza “entropia”? Onde as coisas tendem a se desorganizar para o caos e atingir o menor nível de energia possível. No entanto, a vida caminha no sentido contrário ao se organizar sistematicamente. Isto não nos leva a pensar: o que está por trás desses processos?

Quando calculam a probabilidade de vida no universo, se esquecem de contar os “eventos raros” necessários, ou pior a sequência inumerável e organizada deles para que a vida acontecesse.

Muito bem, baseados na segunda hipótese, vamos supor que, por acaso, o processo altissimamente improvável de gerar e organizar e manter a vida aconteceu na terra. Digo sem medo de errar, dentro dessa hipótese, que seria ainda mais improvável que haja qualquer vida em outros planetas.

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